Escola sem paredes, carteiras e conceitos pré-estabelecidos. Tudo interconectado numa rede de conhecimento sem limites.
Nas últimas décadas quase nada mudou no modelo de ensino. Um padrão
que escolas e universidades obedecem sem maiores questionamentos:
alunos, professores, salas de aula, disciplinas fechadas em áreas de
conhecimento, evolução ano a ano, provas, hora do recreio, etc.
Instituições particulares e governos, interessados em ampliar o
acesso para atender o crescimento da população, pensam cartesianamente,
construindo novas estruturas de tijolo e cimento.
Sim, é preciso observar o crescimento exponencial do EAD (Ensino a
Distância ou e-learning), nada além de video-aulas com chat. Com o EAD,
as instituições de ensino estão conseguindo levar a monotonia da aula
expositiva ao máximo. Também é preciso reconhecer o crescimento do uso
de ferramentas digitais (videos, fóruns, websites, editores de texto,
etc.) por alunos e professores um ganho de produtividade (ou
reprodutibilidade), distribuição de informação e colaboração.
Também está ocorrendo um crescente uso de novas tecnologias em salas
de aula e algumas universidades norte-americanas já entregam iPads para
os alunos no momento da matrícula. Em resumo, o que estamos fazendo é
adaptar dentro do velho modelo de ensino às novas ferramentas e práticas
do universo digital, algo sem expressão, originalidade ou inovação.
A internet social e sua infinita conectividade está modificando o
cenário de como os jovens adquirem conhecimento, indo mais longe, de
como os jovens produzem, transformam e compartilham conhecimento.
A arquitetura da sala de aula, do silêncio disciplinar, não existe no
universo digital onde a regra é interagir a todo instante. Tudo no
virtual é espaço de aprendizagem, a infinita biblioteca de Babel de
Jorge Luis Borges. Nesta biblioteca, as diferentes áreas do conhecimento
espalham-se por diferentes espaços conectados por hiperlinks,
pesquisas, inovação, blogs, tweets, scraps…
Aprende-se os princípios da eletricidade construindo-se um robô com
partes de um celular, assistindo-se a um vídeo sobre tempestades
tropicais e conversando online com um especialista indiano, tudo ao
mesmo tempo agora. Ao contrário do espaço organizado, regular,
controlado e estruturado da escola, as redes sociais promovem o
auto-aprendizado, a capacidade crítica, a discussão em grupo, a
colaboração e a associatividade.
Nas redes sociais, professores/mestres são aqueles capazes de apontar
os caminhos dentro do universo virtual capazes de levar o
aluno/aprendiz ao conhecimento. Nada de respostas prontas ou
padronizadas. Aprender no virtual é uma jornada infinita, não um livro
com um número exato de páginas.
A combinação das ferramentas de comunicação digitais, as bases de
informação e os relacionamentos das redes sociais transformam o
ciberespaço na nova escola, sem paredes, sem carteiras, sem conceitos
pré-estabelecidos. Tudo está interconectado numa rede de conhecimento
sem limites.
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