O Brasil é o único país a participar de todas as 18 Copas do Mundo já
disputadas e é o maior vencedor do torneio com cinco títulos. A
primeira aparição, em 1930,
no entanto, foi discreta e a seleção nacional disputou apenas dois
confrontos e terminou em sexto lugar. De positivo apenas o gol feito por
Preguinho, jogador do Fluminense, contra a Iugoslávia, o primeiro do país na história do torneio.
Nos mundiais seguintes a seleção brasileira evoluiu sobremaneira. Depois de um quinto lugar em 1934, na Itália, a equipe encerrou na terceira posição a edição de 1938,
na França, quando Leônidas da Silva, apelidado de “Diamante Negro”,
consagrou-se como artilheiro da competição, com oito gols.
Ricardo Ayres/ Photocamera Kaká |
Em 1950,
quando o campeonato mundial voltou a ser realizado após doze anos de
suspensão por causa da Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi escolhido
para ser país-sede. Comandado por Ademir de Menezes, o famoso
“Queixada”, artilheiro da edição com nove gols, e pelo atacante Zizinho,
considerado por especialistas como um dos melhores jogadores de todos
os tempos, a seleção brasileira goleou adversários até a partida
decisiva. Depois de arrasar a Suécia por 7 a 1 e a Espanha, por 6 a 1,
enfrentou o Uruguai e ficaria com a taça com um simples empate. Mas o
pior aconteceu: depois de sair na frente, com um gol de Friaça, o Brasil
permitiu a virada uruguaia com Schiaffino e Ghiggia, que calou o
Maracanã.
Ricardo Ayres/ Photocamera Seleção brasileira que disputou as eliminatórias da Copa em 2010 |
Depois do vice-campeonato, os brasileiros entraram como um dos favoritos à conquista de 1954,
mas acabaram derrotados nas quartas-de-final pela poderosa Hungria de
Puskas, Koczis e Czibor, encerrando a edição na quinta posição.
Quatro anos depois, na Suécia, finalmente o Brasil entraria para a
história. Com craques como Nilton Santos, Zagallo, Didi, Vavá, Nilton
Santos, Garrincha e um garoto de 17 anos, chamado Pelé, que disputava sua primeira Copa do Mundo, a seleção encantou o mundo.
Os brasileiros passaram com facilidade pela primeira fase e venceram
País de Gales nas quartas-de-final, com um gol de Pelé no segundo tempo,
o primeiro dele em Copas. Na fase seguinte, o adversário foi a França
de Just Fontaine, artilheiro da competição com 13 gols. Era o duelo
entre a melhor defesa, a brasileira, e o melhor ataque, o francês. Não
deu outra: Pelé brilhou e balançou a rede três vezes na vitória por 5 a
2.
Na decisão o adversário foi a Suécia, país anfitrião. Os brasileiros
novamente arrasaram e venceram novamente por 5 a 2, com dois gols de
Pelé, dois de Vavá e um de Zagallo. Era o primeiro título mundial da
geração comandada pelo “Rei do Futebol” e Garrincha.
Em 1962,
no Chile, viria a conquista do bicampeonato. Contudo, engana-se quem
pensa que foi fácil. Os brasileiros viram Pelé contundir-se na segunda
partida contra a Tchecoslováquia e sofreram na partida contra a Espanha,
que saiu na frente, mas o Brasil, liderado pela magia de Garrincha e
com o oportunismo de Amarildo, substituto de Pelé, virou com dois gols
do atacante reserva, avançando no certame. Nas quartas-de-final, a
equipe venceria a Inglaterra por 3 a 1, com show do “Anjo das Pernas
Tortas”. Na semifinal triunfo sobre o Chile por 4 a 2, com dois gols de
Garrincha e outros dois de Vavá.
A final foi contra a Tchecoslováquia, com quem o Brasil havia
empatado por 0 a 0 na primeira fase. Com Pelé machucado, a
responsabilidade ficou nas costas de Garrincha, que não decepcionou. O
Brasil saiu perdendo, mas empatou com Amarildo, que substituiu o “Rei” à
altura naquela Copa. No segundo tempo, Zito e Vavá ampliaram o marcador
e os brasileiros sagraram-se bicampeões mundiais.
Ricardo Ayres/ Photocamera Roberto Carlos e Zidane |
Com falhas de planejamento, que começaram com a
ampla convocação de jogadores que foram sendo cortados, e uma equipe
desentrosada, mesmo contando com craques do nível de Pelé, Garrincha e
Tostão, os brasileiros não apresentaram um bom futebol e decepcionaram
em 1966, na
Inglaterra, obtendo apenas a 11ª posição. A seleção cairia na primeira
fase, obtendo vitória apenas sobre a Bulgária. A derrota para Portugal,
em uma partida em que Pelé foi caçado em campo, decretou a eliminação da
equipe canarinho.
Em 1970,
o mundo se rendeu de vez a Pelé e ao talento brasileiro, que contava
com o “Furacão” Jairzinho, Tostão, Carlos Alberto Torres, Rivelino e
Gérson. Depois de encerrar a primeira fase invicto, o Brasil bateu dois
adversários sul-americanos – Peru e Uruguai – e chegou em mais uma
final, desta vez contra a Itália. Na decisão, a eficiência e a
habilidade da equipe superaram os europeus em uma mágica goleada por 4 a
1, com gols de Pelé, Gersón, Jairzinho e Carlos Alberto Torres, capitão
da equipe, depois de um chute inesquecível. Era a conquista do
tricampeonato e da taça Jules Rimet em definitivo.
Nas edições seguintes, em 1974, na Alemanha Ocidental, e em 1978,
na Argentina, os brasileiros não repetiram os bons desempenhos e
terminaram na quarta e na terceira posições, respectivamente. No país
vizinho, porém, a seleção se auto-proclamaria “campeã moral”, nas
palavras do técnico Cláudio Coutinho, por ter deixado o campo invicta.
Em 1982,
na Espanha, com um time repleto de craques como Júnior, Falcão, Zico e
Sócrates, o Brasil tinha tudo para ser campeão, mas esbarraria na Itália
no que ficou conhecido como “Tragédia do Sarriá”. O atacante Paolo
Rossi seria o carrasco ao marcar três vezes e derrotar o Brasil por 3 a
2. A quinta colocação na Espanha voltaria a se repetir em 1986,
no México, quando a mesma geração, mas com Careca e Muller, perdeu, nos
pênaltis, para a França, de Platini, nas quartas-de-final, após empate
por 1 a 1 no tempo regulamentar.
Em 1990,
na Itália, mais decepção e a eliminação para a Argentina, sua maior
rival histórica, com um gol de Cláudio Caniggia, nas oitavas-de-final.
Sob o comando de Sebastião Lazaroni, a equipe deixaria o país europeu
com a nona colocação.
A Copa de 1994
foi disputada nos Estados Unidos, país sem tradição no futebol. Com uma
seleção formada por jogadores como Dunga, Taffarel, Branco, Bebeto e
Romário, viria o sonhado tetracampeonato em uma campanha invicta. Na
final, o duelo contra a Itália teve tintas dramáticas. Depois de superar
os donos da casa, além da Holanda e Suécia em partidas emocionantes, o
empate com os italianos por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação
forçaria a definição do primeiro tetracampeão mundial na disputa de
penalidades. Roberto Baggio, craque maior da “Azzurra”, chutaria para
fora e daria o título ao Brasil.
Em 1998,
na França, que recebia a competição pela segunda vez, o Brasil tinha
tudo para chegar a mais um título. Após uma primeira fase tranqüila, a
equipe, comandada pelo tetracampeão Zagallo, eliminara Chile, Dinamarca e
Holanda para garantir o lugar em mais uma final. A decisão final foi
contra os donos da casa, que contavam com Zinedine Zidane, um dos
melhores do mundo na época. O Brasil de Roberto Carlos, Rivaldo e
Ronaldo, todos em grande fase, teve antes do jogo seu maior baque. O
“Fenômeno” passou mal durante a tarde e teve convulsões. Mesmo assim,
recuperou-se e foi para o jogo. Em campo, Zizou e companhia não tomaram
conhecimento dos abalados brasileiros e venceram por 3 a 0, levando o
título para a França de maneira inédita.
Ricardo Ayres/ Photocamera Zidane e Ronaldo |
O Brasil voltaria a dominar o mundo quatro anos depois,
na primeira Copa realizada simultaneamente em dois paises, na Coréia do
Sul e no Japão. Ronaldo, que vinha de grave lesão no joelho, contou com
a ajuda de Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho para dar a voltar por cima. Ele
foi o artilheiro com oito gols e marcou os dois da vitória contra a
Alemanha que sagraria o Brasil pentacampeão do mundo.
Em 2006, na Alemanha, uma nova decepção. Com o denominado “quadrado mágico” formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano, o Brasil pouco produziu e o quarteto marcou apenas seis gols, sendo incapaz de superar novamente a França, do craque Zidane, que outra vez acabou com o sonho brasileiro e venceu por 1 a 0, gol de Henry, nas quartas-de-final. A equipe encerrou, assim, na quinta posição do torneio.
Em 2006, na Alemanha, uma nova decepção. Com o denominado “quadrado mágico” formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano, o Brasil pouco produziu e o quarteto marcou apenas seis gols, sendo incapaz de superar novamente a França, do craque Zidane, que outra vez acabou com o sonho brasileiro e venceu por 1 a 0, gol de Henry, nas quartas-de-final. A equipe encerrou, assim, na quinta posição do torneio.
E em 2010,
na África do Sul, novamente ficamos abaixo do esperado. E mais uma vez a
seleção brasileira caiu nas quartas-de-final, desta vez, para a
Holanda, e de virada - por 2 a 1.
Fonte:http://esporte.hsw.uol.com.br/copa-do-mundo5.htm
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