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Educação e Tecnologia: da Fala de Sócrates à Multimídia de Hoje




 1. O Conceito de Tecnologia
O conceito de tecnologia, em seu sentido mais amplo, se aplica a tudo aquilo que, não existindo na natureza, o ser humano inventa para expandir os seus poderes, tornar o seu trabalho mais fácil e fazer a sua vida mais agradável.
Tecnologia não é apenas instrumento, ferramenta ou equipamento tangível: arado, óculos, computador
Tecnologia é também coisa intangível, como procedimentos, métodos, técnicas, algoritmos e notações. A lógica e a linguagem são tecnologia. Dentro da linguagem, a fala e a escrita, na língua materna ou em outra, é tecnologia.

2. Tecnologia e Educação
As grandes revoluções tecnológicas que tiveram enorme impacto na educação foram:
A. A Invenção da Fala, que permitiu o surgimento da educação como diálogo pessoal e individualizado. Sócrates é o principal educador a representar esse estágio de desenvolvimento tecnológico.
B. A Invenção da Escrita Alfabética, que representa os sons e não os objetos e que permitiu o surgimento da correspondência e do livro manuscrito -- e, portanto, o aparecimento da educação a distância.
C. A Invenção da Impressão Tipográfica, que permitiu a criação do livro impresso e que criou condições para a educação em massa e, portanto, para a criação da escola moderna.
D. A Invenção do Computador e da Comunicação Digital, que permitiu o surgimento da Internet e, com ela, de multimídia, isto é, pessoas em contato umas com as outras e com a informação num ambiente interativo que incorpora som (como a voz humana), imagem, e texto -- e que, portanto, torna possível educação presencial e a distância que é ao mesmo tempo personalizada e individualizada e em massa.

3. Multimídia e Educação
O aparecimento de multimídia, como definida no item anterior, torna possível a criação de novos espaços, tempos e ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem colaborativa que passam por cima das paredes de nossas salas de aula e dos muros de nossas escolas.
O caráter inovador de multimídia, do ponto de vista da educação, não está em uma nova forma de aprender que ela tornaria viável. Multimídia é uma tecnologia cumulativa: ela aproveita o som (a fala), o texto (a escrita) e a imagem (o desenho, a fotografia, o cinema, o vídeo). Esse caráter inovador se resumo, portanto, em tornar viável uma educação personalizada e individualizada, baseada no diálogo e na discussão crítica (pela escrita ou de viva voz), semelhante à que havia na época de Sócrates, mas enriquecida por:
A) Acesso fácil e generalizado a documentos escritos, sonoros (discursos, conferências, discussões, conversas, músicas, efeitos especiais, etc.) e visuais (filmes, documentários, noticiários, animações e simulações, etc.); e
B) Comunicação instantânea, e também incorporando texto, som e imagem, numa "agora" (praça) virtual global que é a Internet.
Nosso desafio, no momento, é reinventar a escola para que ela, sem paredes, sem muros, e inserida num contexto global, faça o melhor uso possível desses novos espaços, tempos e ambientes, tanto presenciais como virtuais, de aprendizagem colaborativa que a tecnologia hoje torna possível. 

Eduardo O C Chaves

Fonte:http://palestras.net/textos-self/edutec.htm
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Pesquisa diz que 65% dos pais estão nas redes sociais por causa dos filhos

Estudo revelou que 33% dos pais não têm tempo para monitorar filhos. Já 47% dos jovens dizem que não falam aos pais o que fazem na web.

Segundo pesquisa, pais estão nas redes sociais
por causa dos filhos (Foto: Thomas Hodel/Reuters)


Uma pesquisa da McAfee divulgada nesta segunda-feira (12) revelou que 65% dos pais no Brasil estão nas redes sociais para acompanhar as atividades dos filhos. O estudo foi feito entre junho e agosto por meio de um questionário on-line para 401 jovens, de 13 a 17 anos, e 414 pais. Os entrevistados moram em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador.

Apesar da presença nas redes sociais, 48% dos pais acreditam que os filhos têm maior conhecimento de tecnologia e, por isso, não conseguiriam acompanhar o comportamento deles na internet. A pesquisa também mostrou que 33% dos pais dizem não ter tempo e nem disposição para acompanharem tudo que os filhos fazem na web.

Do lado dos jovens, 47% deles dizem não falar aos pais o que fazem na internet, e 57% concordam que os pais sabem apenas uma parte de suas atividades, mas não tudo. Quase metade dos entrevistados acredita que os pais não aprovariam seu comportamento, caso descobrissem tudo o que é feito na web. A pesquisa revela, ainda, que 45% dos jovens mudariam o comportamento se soubessem que estão sendo monitorados pelos pais.

A pesquisa, encomendada pela McAfee à empresa TNS, considerou apenas os usuários ativos, ou seja, aqueles que estão conectados à web de duas a três vezes por semana. No estudo, 87% dos jovens responderam que acessam a rede em pelo menos seis dias da semana, sendo que 33% afirmam navegar em um período de quatro a seis horas por dia. Como contraste, 36% dos pais acreditam que seus filhos passam até três horas na internet.

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Estudo aponta que as crianças não conhecem 25% dos seus amigos do Facebook


A Ofcom divulgou seu relatório anual sobre o comportamento das crianças e dos pais perante as mídias sociais. O estudo desse ano mostrou que as crianças com idade entre 12 e 15 anos não conhecem 25% das pessoas que adicionam nas redes sociais.

Segundo os dados divulgados pelo britânico The Guardian, a média de amigos online dessa faixa etária, pelo menos no Reino Unido, é de 286. Ou seja, elas não conhecem pessoalmente cerca de 72 dessas pessoas. Em contraste com esse número, 93% deles afirmam que estão confiantes de que sabem tudo sobre segurança online. Percebe-se!

"As crianças não estão apenas usando mais mídias, como também estão adotando outras formas [de mídias] ainda muito jovens", disse Claudio Pollack, diretor do grupo de consumo da Ofcom.

E ele tem razão. O estudo apontou que 40% das crianças com idade entre 5 e 15 anos tem um perfil em alguma rede social, e o número aumenta para 80% se restringirmos a faixa etária entre os 12 e 15 anos.

Já os pais que participaram da pesquisa acreditam que têm a situação sobre controle. Quase 80% deles afirmam que têm regras sobre o comportamento de seus filhos na Internet, embora menos da metade disse possuir algum tipo de controle de acesso instalado em seus computadores domésticos.

O relatório da Ofcom também abordou o assunto 'smartphones', e descobriu que as crianças gostam muito de se comunicar por meio de mensagens de texto. Elas enviam uma média de quase 200 mensagens de texto por semana, duas vezes mais do que o relatório do ano passado apontou (91 SMS por semana).

Meninas com idade entre 12 e 15 anos são as mais 'viciadas' em SMS. Elas enviam uma média de 221 mensagens por semana, 35% a mais do que seus colegas do sexo masculino. Isso é mais de quatro vezes a média do Reino Unido, que é de 50 mensagens de texto por semana.

Fonte: http://canaltech.com.br/noticia/comportamento/Estudo-aponta-que-as-criancas-nao-conhecem-25-dos-seus-amigos-do-Facebook/#ixzz2B4MBkQ6z
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Como fazer uma boa busca na internet

Conhecendo o funcionamento e os macetes dos sites de busca, você navega pela rede com mais precisão e pode ensinar os alunos a peneirar as informações

 

Quando você vai fazer uma pesquisa na biblioteca, tem na cabeça um tema e muitas perguntas. Para responder a todas elas, começa procurando uma boa bibliografia. Na internet é mais ou menos a mesma coisa. O que muda é a maneira de encontrar o que você precisa. Se não há livros numerados nas prateleiras, organizados por assunto ou autor, o jeito é saber como chegar às fontes de informação disponíveis na rede mundial de computadores. O canal são os diversos sites de busca grátis. Para usá-los bem, é preciso conhecer alguns recursos.

Se você quer encontrar resenhas de grandes romances brasileiros, por exemplo, não adianta pesquisar por romances. Além de o resultado ser amplo demais - retornam mais de 1,5 milhão de páginas -, a maioria dos sites é em inglês e muito deles têm mais relação com amor e sexo do que com Dom Casmurro, de Machado de Assis. É necessário peneirar os resultados. Primeiro, pesquisar apenas em páginas do Brasil. Só com essa estratégia, o universo da busca cai para 115 mil. Dá para ir além. Digitando romances Brasil resenhas (não é necessário usar "e"), a seleção fica em 3 mil páginas e já é possível encontrar bons textos.
Sinais que indicam o caminho

Alguns códigos são essenciais quando o foco da procura é alguém famoso ou algum termo com mais de um significado. Confira abaixo.

Aspas (" ") Ao procurar informações sobre um educador importante, como Paulo Freire, coloque o nome todo entre aspas. Assim, o mecanismo de pesquisa percorre a rede atrás de documentos que apresentem apenas as palavras Paulo e Freire juntas.

Subtração ( - ) Se o objetivo é encontrar dados sobre Fernando Henrique Cardoso (FHC) apenas como sociólogo, utilize o sinal de subtração (-). Entrando no Google (www.google.com.br) com o nome completo entre aspas, o resultado traz 183 mil páginas. Nelas estão incluídas citações sobre o trabalho de FHC também como presidente da República. Escrevendo "Fernando Henrique Cardoso" -presidente, a pesquisa retorna 34 mil textos.

Adição (+) É possível refinar ainda mais a busca usando o sinal de adição (+). Ao digitar "Fernando Henrique Cardoso" -presidente+sociólogo, somente 534 páginas são encontradas. E a primeira da lista já aborda a atuação de FHC como sociólogo.

Intitle Para buscar apenas sites que contenham a palavra requisitada no título, o código a ser usado é intitle (dar título, em inglês). Para pedir documentos com o termo tsunami, por exemplo, escreva intitle:tsunami. Dessa forma, serão selecionados apenas sites que sejam focados realmente nas ondas gigantes.

Cuidado na análise do resultado

Ao avaliar o resultado da pesquisa, considere o porquê de um site aparecer antes dos demais. "Nem sempre o primeiro endereço indicado é o mais interessante", explica Nelson Pretto, diretor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Veja o que levar em conta na hora de optar pelas páginas que irá utilizar.

Critério de exibição As ferramentas de busca vasculham a web em segundos e trazem a informação mais relevante segundo normas próprias. "Entre os mais de 100 critérios com pesos e análises diferentes, estão o número de vezes que cada link já foi clicado por outros internautas e a ocorrência da palavra no nome da página", explica o especialista Thiago Rodriguez, gerente de marketing do site BuscaPé. Há também fatores comerciais. "A maioria dos buscadores cobra para que um site apareça entre os primeiros dez resultados em casos de pesquisa por determinadas palavras", alerta Thiago.

Data A data de publicação da página é outro dado importante se a procura for por notícias. Há risco de os sites exibirem informações desatualizadas.

Assinatura Observando o endereço da página, é possível ter uma idéia da credibilidade do conteúdo. As extensões .gov (governamentais), .org (instituições sem fins lucrativos) e .edu (universidades, fora do Brasil) são mais indicadas. A extensão .com, que é a mais comum, abriga de tudo - muita bobagem, mas também sites de jornais e revistas. "É importante observar ainda quem é o responsável pela página. Para conhecê-lo, procure o link quem somos", afirma o jornalista Marcelo Soares, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

Diferentes jeitos de pesquisar

Os consultores recomendam fazer a pesquisa em, no mínimo, três sites. De acordo com Nelson Pretto, a experiência fica ainda mais interessante quando um único tema é pesquisado de diferentes maneiras. É possível encontrar textos de natureza diversa sobre a morte da freira Dorothy Stang - ocorrida no Pará em fevereiro - modificando a forma de pesquisa. Veja os exemplos:

• "Dorothy Stang" +blog +paraense -um dos primeiros resultados é um texto informal, cheio de adjetivos, de uma jovem moradora da Região Norte.

• "Dorothy Stang" +jornal - chega-se a um texto jornalístico e não opinativo.

• "Dorothy Stang" +análise - o mecanismo traz textos de especialistas que analisam o assassinato.

• "Dorothy Stang" +trabalhadores - a busca leva à página do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que descreve o caso criticando o governo.

Os melhores sites de busca

Cada buscador tem seu cadastro de páginas. Nos últimos anos, o Google se tornou o mais popular por ter facilidades que tornam a busca muito interessante. Ele permite pesquisar apenas por imagens (www.google.com.br/imghp) e em revistas acadêmicas (http://scholar.google.com/). Os especialistas indicam também http://www.aonde.com.br/, http://www.gigabusca.com.br/, http://www.achei.com.br/, http://www.dogpile.com/ e http://www.altavista.com/.

Há sites que reúnem links para páginas seguras sobre cada assunto, como o www.geocities.com/mssilva e o www.prossiga.br/comoachar. Outra indicação útil é www.yahoo.com.br/manual, que traz um guia com orientações práticas para pesquisa.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/como-fazer-boa-busca-internet-423567.shtml
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Tecnologia na Escola e no Ensino


Segundo Chaves (1999), a primeira tecnologia que tornou viável os cursos de EAD foi a escrita, pois possibilitou às pessoas escreverem o que antes só poderia ser falado. Como todo o conhecimento era passado oralmente, muitas informações importantes foram perdidas ou modificadas com o passar dos tempos. A tecnologia tipográfica, inventada posteriormente por Gutemberg, ampliou o alcance da educação a distância, surgindo, então, a primeira forma de EAD que foi o ensino por correspondência. Por conseqüência, com todas as evoluções que estamos presenciando, o livro (sistematizado e implantado por Comenius) ainda é uma das tecnologias mais importante para o ensino à distância, o que já está começando a ser modificado com o aparecimento de novas tecnologias (eletrônicas digitais). No entanto, ainda perdurará por muitos anos a supremacia do livro.

O exposto anteriormente se sustenta na fala de José Manuel Moran: “Na sociedade da informação todos estamos aprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e aprender, a integrar o ser humano e o tecnológico; a integrar o audiovisual, o grupal e o social.”. Isto é, nossa prática de aliar tecnologia e ensino ainda é muito incipiente. A conclusão é que estratagemas mais tradicionais (como é o caso do livro impresso) ainda tenham um longo período de relativa soberania. E sobre isso, Dowbor (1994) nos acrescenta que “frente à existência paralela deste atraso da modernização, é que temos que trabalhar em ‘dois tempos’, fazendo o melhor possível no universo preterido que constitui a nossa educação, mas criando rapidamente as condições para uma utilização ‘nossa’ dos novos potenciais que surgem”.

O paralelo em que encontramo-nos (essa vivência em dois tempos a que se refere Dowbor) é o de um processo onde a troca de informações entre diversos setores do conhecimento é, a cada dia, mais intensa. Quando nos deparamos com esse trânsito vertiginoso de informações em sala de aula (com questionamentos variados e anseios por informações acerca da modernidade), é fato notório que nós, professores, precisamos abrir um maior canal de exploração de cada mídia como recurso pedagógico de apoio incondicional à nossa prática docente, sob a pena de não acompanharmos a grande tendência da tecnologia atual e, por conseqüência, nos tornamos obsoletos no mercado. E isso exige uma tomada de postura extremamente radical na nossa conduta.

Seymour Papert

Com relação à mudança de postura e de conduta, quando perguntamos a alguém o motivo de ter criado algo novo, a resposta é, em geral, a seguinte:Quando eu era criança, vários fatores me levaram a entender que alguma coisa estava muito errada.” Estas palavras de Seymour Papert (considerado o pai da Informática Educativa) quando indagado acerca da sua visão tecnológica, nos deixa bem claro que são nossas inquietações em todas as salas de aula pelas quais passamos que nos faz perceber o que há de falho na estrutura e começarmos a pensar em questões que possam trazer melhorias. No entanto, existe uma longa caminhada entre o pensar, o agir e o transformar.

É fato certo que todas as mudanças demandam grande gasto de energia, mas é exatamente aí que nos tornaremos diferentes dos demais criando mecanismos próprios de trabalho e enfatizando que sempre que houver uma proposta de mudança esta deverá ser testada e, em caso de sucesso, ser repassada para todos aqueles a quem a referida mudança interesse, direta ou indiretamente. Se formos analisar um (para ficarmos apenas em um) exemplo mais antigo, chegaremos em Comenius. Sua visão de erro na estrutura foi a mesma de Papert, apenas em épocas e situações diferentes. Comenius, com base na sua experiência juvenil, percebeu o incômodo que era estudar línguas por longos intervalos de tempo e não possuir um material didático apropriado que ajudasse nessa tarefa.

Humberto Maturana

Todo processo de mudança precisa de um rompimento na visão que temos da nossa cultura e de nós mesmos enquanto pessoas e profissionais. E, o que é mais importante: coragem para testar o novo. Segundo Maturana: “As mudanças culturais ocorrem quando há as mudanças no emocionar que define as redes de conversação em que se vive.” Essas redes de conversação agora se desenvolvem em ambiente virtual, onde um conjunto de necessidades começa a surgir e com elas, uma modificação muito grande em nossa cultura. 

Ainda segundo Maturana: “Em geral, estas mudanças culturais ocorrem simplesmente porque vão mudando as condições de vida e as pessoas vão mudando o que fazem, ou porque há situações experiências que resultam, em nosso caso, em uma reflexão que nos leva a querer viver de outra maneira. Mas, o viver é sempre conservador.” Nesse aspecto, vislumbro uma situação onde a cada período que passar a figura do professor, além de indispensável, se torna cada vez mais necessária.

Observando a tabela abaixo, podemos concluir que há um salto de qualidade muito grande quando tratamos o processo educacional por uma perspectiva mais tecnológica:

MUDANÇAS
ANTES
DEPOIS
Modelo cultural e burocrático (massificação do ensino);
Modelo de ensino baseado na construção do conhecimento e crítica;
Organização linear no processo de ensino;
Organização não linear no processo de ensino;
Postura do aluno (passivo, imaturo, consumista de informação pronta, ausência de autonomia, de organização pessoal);
Postura ativa do aluno;
Postura do professor (deslumbrado, tradicional, resistente);
Prática e postura do professor (usuário moderado, inovador);
Aulas focadas no conteúdo, na informação;
Foco nas aulas (há equilíbrio entre conteúdo, informação, aluno e interação entre os mesmos);
Locais restritos de ensino.
Locais diversificados para o ensino (sala de aula, laboratório de informática e outros).
Referências: PRADO, Maria Elisabette B B ; VALENTE, J.A. . A formação na ação de professor: uma abordagem na e para uma nova prática pedagogica. In: VALENTE, JA. (Org.). Formação de educadores para o uso da informática na escola. Campinas: NIED/UNICAMP, 2003, v. 1, p. 21-38.
 

 
Contudo, um ponto que deve ser discutido aqui está relacionada a postura mais ativa do aluno no processo. Quando tratamos de ensino fundamental, esse processo torna-se aplicável com relativa facilidade em detrimento do ensino médio. Neste caso, o papel do aluno, dos pais e dos professores é de uma corrida contra o tempo para “preparar” os vestibulandos, então toda aquela “educação bancária” (como nos lembra Paulo Freire) se apresenta como um processo bem mais arraigado. Então, uma postura mais ativa do aluno passa a ser quase que descartada e ele se torna então um ávido por informações que possam vir a estar na sua prova no “dia D”. Além do fato de questionamentos excessivos às vezes irritam alguns professores que, pressionados por datas muito importantes, preferem não dar ouvidos a questionamentos e, apenas ministrar o seu conteúdo sem muitas objeções. Quando muito, com algumas dúvidas bem específicas de cada caso. Temos aí, então, uma necessidade de uma mudança na nossa personalidade e na nossa visão de ensino.

É de Piaget o postulado de que o pleno desenvolvimento da personalidade sob seus aspectos mais intelectuais é indissociável do conjunto das relações afetivas, sociais e morais que constituem a vida da instituição educacional. E esse desenvolvimento desemboca em sua totalidade no processo educacional e gera novas necessidades a cada período da nossa História.

Novas necessidades estão surgindo com o novo tipo de estrutura social e política que estamos vivendo. O mundo globalizado nos impõe os mais diversos desafios. O principal dos desafios é o espírito de competição acirrada que, em muitos casos, é confundido com “degladiamento intelectual”, isto é, cada um vivendo como destruidor de si próprio e, em muitos casos, de idéias. No entanto, principalmente quando observamos pessoas com menos acesso à informação, as palavras de Maturana tornam-se quase proféticas: “As culturas são conservadoras, de tal modo que uma mudança pode ser imperceptível, no sentido de que uma pessoa não se dá conta porque as condições de vida vão mudando, ou mudam as condições de vida sem haver mudança cultural [...] penso que seja o que acontece com a tecnologia da comunicação atualmente. Ou porque há situações que são comoventes que faz com que alguém se pergunte por que está vivendo de um modo que não gosta, de estar vivendo num determinado momento.”.

Quando entramos no campo mais específico da escola, um grande leque de opções metodológicas se nos apresenta e cabe a nós estarmos abertos ao conhecimento de aprendizado de várias mídias diferenciadas. No entanto, a aplicabilidade das opções que temos em mãos precisa (ainda) ser analisada pelos olhos críticos do tradicionalismo que nos mostram os seguintes desafios: o número de alunos, o tipo de material disponível, o tempo de duração das aulas e a estrutura e funcionamento do processo ensino – aprendizagem (ainda muito burocrático e arcaico).

Com relação ao parágrafo anterior, um dos grandes vilões do tradicionalismo chama-se currículo, termo utilizado pela primeira vez (no sentido que conhecemos) em Professio Regia de 1575, 50 anos antes da Didatica Magna de Comenius. O currículo, no sentido de separar o que deve ser aprendido e em que idade deve ser aprendido, pertence a uma época pré-digital. Podemos atrelar essa postura à de Skinner na sua época. E perdura até os dias de hoje, onde as crianças nascem com níveis de aprendizagem e exigências intelectuais diferentes daquela época. Ele será substituído por um sistema no qual o conhecimento pode ser obtido quando necessário e prazeroso para quem está no caminho do autodidatismo. Qualificações serão baseadas no que as pessoas tiverem feito, produzido.

Com as novas propostas de educação que estamos tendo acesso, a flexibilidade do currículo se torna necessária e será cada vez mais maleável com o avançar dos tempos. Desta forma, para que esta flexibilidade ocorra, toda uma estrutura deve ser revista, principalmente quando experimentamos o educação na iniciativa privada, onde há um conjunto de técnicos que orientam os professores a preencherem um conjunto de informações numa folha pré – moldada para aquele fim sem muito espaço para outras observações. Isto quando ela já não vem pronta por algum colega de áreas que, por algum motivo que lhe é peculiar, acredita que o currículo mais adequado para determinada turma seja aquele que ele “criou” e que não é passível de comentários ou sugestões, visto que a escola “já adota aquele currículo há anos e vem dando certo”. Desta forma, contrariá-lo é provocar um conflito na equipe.

A partir da nova ordem da informação, a educação começa um processo de transição visando um fluxo maior destas informações (independentemente da faixa etária) atingindo uma parcela maior da população. No entanto, outras barreiras surgem aqui: a maturidade das pessoas, a sua motivação e o poder aquisitivo. O UCA (Um Computador por Aluno), projeto da atual gestão do governo federal brasileiro está iniciando um processo de quebra das barreiras mencionadas anteriormente. É um fato certo que o processo é lento; no entanto os primeiros passos já estão sendo dados.

Segundo Papert:Acho que antes as pessoas eram mais resistentes. Quando as tecnologias eram caras e distantes, qualquer proposta parecia muito radical. Atualmente, com fácil acesso, a necessidade de se preparar para um mundo cada vez mais informatizado estimula os cidadãos a buscarem o novo. Hoje, três milhões de crianças norte-americanas deixaram escolas tradicionais e seus pais buscam outras formas de ensino, muitas vezes em suas próprias casas.” E o processo citado por Papert começa a se desenvolver em nosso país.

Apesar de atualmente as pessoas serem menos resistentes, a adoção da tecnologia e, principalmente, uma formação continuada para aprender a dominar as referidas mídias que estão à nossa disposição é muitas vezes vista pelo corpo docente como “mais uma reunião chata”. Em vários casos, os professores têm razão. A formação continuada que as escolas propõem para seus profissionais não passa, em muitos casos, de questionamentos longínquos da prática de cada um em sala de aula abordando sempre os mesmos problemas sem se dar conta que o fim é buscar soluções para esses problemas e não identificá-los. Todos os professores com o mínimo de experiência já sabem quais os problemas da escola até mesmo antes de entrar nelas; o que muitos desconhecem é como resolver esses problemas.

Como conseqüência desse fluxo desenfreado de informações e da quantidade de tarefas que foram aumentando com a passar dos anos, o ensino a distância (partindo de uma perspectiva bem elementar) tem início, aqui em nosso país, a partir da década de 70. O ensino por correspondência da Marinha, a criação da Fundação Roquete Pinto e o Instituto Universal Brasileiro são as primeiras iniciativas neste aspecto.

Com o avanço da tecnologia e a chegada desta na escola, pesquisas educacionais começam a se desenvolver com o intuito de fomentar a melhoria do processo de ensino – aprendizagem em todos os níveis. E são exemplos disso: a chegada da internet às escolas e a criação de ambientes virtuais de aprendizagem.

A chegada das novidades às escolas traz um ânimo novo ao processo educacional, inclusive para alunos e professores. Vygotsky dizia que “o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é possível quando entendemos sua base afetivo-volitiva”. E é essa nova motivação que fará com que alunos tenham mais curiosidade ao aprender e professores se qualifiquem melhor para suprir uma nova demanda do mercado: a informação e, acima de tudo, a formação de si e de seus alunos.

Para o nosso aluno, a tecnologia tem, acima de tudo, um papel de inclusão grupal. Aquele colega que não conhece os sites de relacionamento, não domina o celular de última geração e etc…, está  - quase que – condenado  a ser menosprezado pela turma. Cabe a nós identificar o meio adequado de, salutarmente, utilizarmos essa característica do jovem que passa pelas nossas aulas. Muitos de nós ficamos de fora dos grupos dos alunos e somos taxados por eles com títulos menos dignos por que ainda não nos incluimos nesse contexto e, principalmente, não aprendemos a utilizá-lo ao nosso favor. Esse é o grande salto que temos que dar.

Com as novas motivações, o espírito inventivo do ser humano mais uma vez se coloca à disposição do desenvolvimento. O fascínio pela inventividade humana acompanha a história da humanidade desde a Antiguidade. No entanto, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa fabulosa possibilidade humana, sendo que se faz necessário a ampliação das investigações científicas sobre ela. No entanto, é mister que sempre que a evolução é necessária, o espírito inventivo e criador do ser humano se apresenta na sua vertente benigna ou maligna. Nosso caráter é que define o caminho que se deve tomar. Os antigos filósofos relacionavam a criatividade à inspiração divina, portando, fora do controle humano. Outras vezes ela era relacionada com à loucura, à paixão, à intuição (Taylor, 1993).

Humberto Maturana (1991) define a criatividade como um presente da sociedade. Pois cada vez que essa mesma sociedade pensa que o ser humano fez alguma coisa nova, e valiosa, que surge da espontaneidade do viver, ela o define como um agente criativo.

Toda essa reflexão nos remete a uma fala de Papert: “Precisamos saber como enfrentar um problema inesperado para o qual não há uma explicação preestabelecida. Precisamos adquirir habilidades necessárias para participar da construção do novo ou então nos resignarmos a uma vida de dependência. A verdadeira habilidade competitiva é a habilidade de aprender. Não devemos aprender a dar respostas certas ou erradas, temos de aprender a solucionar problemas”.

A educação na sociedade da informação deve ser um fator que promova a igualdade social além do desenvolvimento pessoal e coletivo; um direito básico adquirido após anos de evolução e não unicamente um produto mercadológico que os grandes conglomerados digitais nos fazem engolir. Nós, professores temos, além de tudo, o dever de tentar mostrar aos nossos alunos que as novas tecnologias não devem agravar as divergências sociais existentes. Cabe questionarmos se estamos preparados para este caminho.

Fonte: http://www.infoescola.com/educacao/tecnologia-na-escola-e-no-ensino/

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Tecnologia na escola: um sonho possível



A geração atual já nasceu sob influência da tecnologia e a encara com a maior naturalidade. Se é assim, como deve ser a escola ideal para atender aos anseios das "crianças digitais"? E como devem ser preparados os professores?

Partindo desta provocação, o educador australiano Greg Butler, diretor mundial de Estratégias, Soluções e Programas Educacionais da Microsoft, iniciou sua palestra no congresso de educação Educador 2005, realizado em São Paulo, em 19 de maio de 2005. Entre os 155 presentes, havia dezenas de coordenadores pedagógicos e professores.

Especializado em tecnologia na educação e um dos pioneiros na área de desenvolvimento profissional no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), Butler acredita que o modelo da escola atual, que não privilegia o saber anterior do aluno, é "pré-histórico".

"O aluno não é o mesmo de 30 anos atrás", argumenta. "Ele tem acesso a diferentes recursos tecnológicos em casa e um mundo de informações pela internet, e isso não pode ser ignorado".

Professor-aprendiz

Greg Butler
De acordo com o diretor da Microsoft, o problema reside no fato de que o professor precisa aceitar que vivemos em uma sociedade diferente. Mais do que nunca, ele deve atuar como um "facilitador" de ensino, em sintonia com as necessidades reais de seus alunos e procurando se ajustar à realidade atual.
Isso inclui estarem capacitados para lidar com modernos recursos tecnológicos e procurar formas de integrá-los às atividades pedagógicas. "Esta é a nova posição que o educador deve se colocar: de aprendiz", diz.
"O que acontece hoje é que os alunos estão frustrados com os obstáculos que encontram na escola com relação às inovações tecnológicas", analisa Butler.
Ana Teresa Ralston, gerente de Programas Educacionais da Microsoft, concorda: "Nosso jovem está pensando diferente, com recursos diferentes. Por isso, o professor deve estar em contínua transformação", diz. "Mas é bom verificar que muitos já seguem em constante aprendizado", sublinha.
E é nesse contexto de transformação que deve se localizar também a escola das "crianças digitais". Como um espaço propício à aquisição do conhecimento, mas com plena consciência do potencial extra-classe de seus alunos.


Fotos: Sorria Produtora
Reportagem: Vivian Ragazzi

Fonte:http://www.microsoft.com/brasil/educacao/parceiro/palestra_greg_final.mspx
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O que é o GCompris?



GCompris é uma suite de aplicações educacionais que compreende numerosas atividades para crianças de idade entre 2 e 10 anos. Algumas das atividades são de orientação lúdica, mas sempre com um caráter educacional. Abaixo você encontra uma lista de categorias, com algumas das atividades disponíveis em cada uma delas.

ü  descoberta do computador: teclado, mouse, diferentes usos do mouse,

ü  álgebra: memorização de tabelas, enumeração, tabelas de entrada dupla, imagens espelhadas, 

ü  ciências: controle do canal, ciclo da água, o submarino, simulação elétrica,

ü  geografia: colocar o país no mapa

ü  jogos: xadrez, memória, ligue 4, sudoku

ü  leitura: prática de leitura

ü  outros: aprender a identificar as horas, quebra-cabeças com pinturas famosas, desenho vetorial, 

Atualmente GCompris oferece a assombrosa quantidade de 100 atividades e mais estão sendo desenvolvidas. GCompris é software livre, o que significa que você pode adaptá-lo às suas necessidades, melhorá-lo e, o mais importante, compartilhá-lo com as crianças de toda a parte.




Fonte:  http://gcompris.net/-Sobre-o-GCompris-

 
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