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As bactérias e a tecnologia

À medida que a tecnologia avança, os componentes eletrônicos ficam cada vez menores. Construir máquinas que tenham a exatidão necessária para manipular elementos em escala tão pequena, portanto, torna-se um grande desafio. Na tentativa de resolver o problema é que entram em jogo a nanotecnologia e a biotecnologia.


Caminhos da reportagem: biotecnogia
Nanotecnologia traz uma série de promessas para a saúde humana
A nanotecnologia consiste na manipulação, em escala nanométrica, de certas estruturas, principalmente  constituídas de carbono. Já a biotecnologia utiliza seres vivos para construir estruturas de interesse tecnológico – caso da pesquisa realizada por cientistas britânicos e japoneses, na qual os produtos de interesse são micro imãs produzidos por bactérias magnéticas. As bactérias  da espécie Magnetospirillum magneticum são aquáticas, possuem flagelos – usados para movimentação – e se orientam na água por meio de campos magnéticos. Para produzir energia elas ingerem ferro ou nitrato. No entanto, quando esse processo é feito com o ferro, as bactérias reduzem seus átomos, com proteínas de dentro de sua própria célula, e liberam cristais magnéticos como subprodutos.

Estudando a técnica que as bactérias utilizam para produzirem os cristais, os pesquisadores pretendem aplicá-la na fabricação de componentes de computadores, permitindo que os produtos tecnológicos atinjam dimensões cada vez menores. Além disso , a biotecnologia também assumiu grande importância na área da saúde, como no exemplo dos minúsculos fios elétricos desenvolvidos a partir de células humanas, usados em cirurgias. Bactérias são ainda utilizadas na produção de alimentos, biocombustíveis, cosméticos, entre outros.

Inovação em nanoescala

Banco COC
Nanotecnologia também já é aplicada em cosméticos
Curativo inteligente pode detectar e tratar infecções
Existem muitos produtos desenvolvidos a partir da nanotecnologia, da biotecnologia e até da nanobiotecnologia, que manipula material biológico em escalas nanométricas. Um exemplo é o curativo inteligente, amplamente utilizado no Japão. Ele é constituído por um material gelatinoso, bombardeado por nanopartículas, que podem atacar eventuais microrganismos e evitar a infecção do ferimento. Nessa linha, também foi desenvolvido um material para imitar o tecido humano, que pode ser utilizado para reparar cortes em qualquer órgão de nosso corpo. O tecido tecnológico tem a espessura de um fio de cabelo e, quando sobreposto em camadas, pode substituir tecidos como o do coração ou da pele. A vantagem é que, devido à tecnologia de sua estrutura, esse tecido não enruga e nem deforma.

Nove objetos cotidianos que usam nanotecnologia
Próteses ortopédicas também ganharam tratamento nanotecnológico. Parafusos e pinos utilizados para corrigir fraturas podem provocar a chamada ‘rejeição’, que acontece quando o organismo reconhece esses objetos como corpos estranhos e tenta expulsá-los. Na tentativa de resolver o problema, pesquisadores estão desenvolvendo próteses ortopédicas com tratamento químico, que altera a superfície do metal da prótese em nanoescala e visa diminuir a rejeição das próteses pelo corpo humano.

Inovações nanotecnológicas também ocorreram no campo dos cosméticos. Atualmente, não é raro ver cosméticos que possuem nanopartículas de algum princípio ativo. O princípio é de que, por serem muito pequenas, as nanopartículas conseguem penetrar mais profundamente a pele, permitindo que o objetivo do cosmético seja atingido com maior eficiência.
 
Carolina Brandão, especialista em Biologia

 
Fonte:http://www.jornalismoeducativo.com.br/materias/futuro_nano/Default.asp

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