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Acessibilidade nas Universidades Brasileiras X Inclusão Educacional



Mas, afinal, o que seria essa tal acessibilidade? De acordo com o Artigo 101, Capítulo I, do Estatuto das Pessoas com Deficiência, é a condição de alcance para a utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência.

Em tempos em que a inclusão educacional vem ganhando força, mesmo que caminhando a passos lentos, é importante pararmos para pensar se as nossas universidades estão preparadas para receber pessoas com necessidades especiais, sejam elas deficientes físicos, visuais, auditivos, enfim, pessoas estas que necessitam de atendimento especializado.

A definição de acessibilidade não se restringe apenas à definição dada anteriormente, ela engloba muito mais que a reestruturação das ambientações físicas, com a eliminação das barreiras arquitetônicas (escadas, desníveis nos pisos) e adaptação do espaço físico às necessidades desses estudantes. O entendimento de acessibilidade deve ser mais amplo, deve comportar também o preparo e a capacitação do corpo docente das instituições de Ensino Superior para receber esses alunos, seja na maneira de tratá-los como na forma de transmitir os conhecimentos dados em sala de aula.

É constrangedor para o professor, mas principalmente para o aluno com necessidades especiais, saber que ambos não falam a mesma língua literalmente, pois muitos profissionais não têm a menor noção do que seria a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), utilizada pelos deficientes auditivos, como também o Braille - recurso utilizado pelos deficientes visuais.

Não é um bicho de sete cabeças receber um aluno com necessidades especiais, mas é um descaso não tratá-lo de forma adequada, preparando o espaço como um todo para ele, afinal de contas, a universidade é que deve se adaptar às necessidades desse aluno e não o contrário.

Mudanças muitas vezes implicam em gastos e, por conta disso, nas instituições de Ensino Superior não há uma infraestrutura que facilite o aprendizado e entendimento dessas pessoas, como a inserção dos intérpretes de LIBRAS em sala de aula; recursos como a máquina do Braille; um acervo considerável na biblioteca com livros sonoros para o deficiente visual; campainhas luminosas como forma de sinalização para o deficiente auditivo, dentre outros recursos.

Para haver de fato essa inclusão é imprescindível a colaboração de professores e gestores educacionais, com intuito de melhorar a qualidade do ensino e os serviços prestados a essas pessoas, que embora com deficiência devem ter os mesmos direitos e possibilidades que o resto dos seres humanos.

Autora: Ana Paula Cavalcante Simões

Fonte:http://www.aprendelo.com.br/blog/acessibilidade-nas-universidades-brasileiras-x-inclusao-educacional.html

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