Máquina de Escrever na Era Digital

“Durante muito tempo a máquina de escrever foi sinal de “status” e de classificação social" (Mário Pizetta)

Muitos pensam que a máquina de escrever foi para o museu com a chegada do computador. Isso não é verdade, pois ela continua sendo utilizada por pessoas que ainda não tem um micro ou não sabem usá-lo.

Existem vários fatores que levam uma pessoa a continuar a usar a máquina de escrever:

• A falta de dinheiro para adquirir e manter o computador;

• A falta de conhecimento e “coragem” para enfrentar os desafios da informática, principalmente para a geração que viu o computador aparecer e tomar conta de tudo rapidamente;

• A falta de motivação e medo de não conseguir aprender a usá-lo;

• A crença errônea de que nunca precisará do computador.

A escritora Regina Miranda reconhece que optar pela máquina de escrever é estagnar no passado e não acompanhar o processo tecnológico. No entanto, confessa: “eu também estou entre aqueles da geração que teme o computador, mas não quero ficar para trás, já que sou uma pessoa estudiosa e sedenta de informações. Não serei apaixonada pela informática, mas quero usar para o meu progresso”, conta.

“O computador realiza maravilhas em nossas vidas,  tanto em nível pessoal como profissional. Ele nos permite realizar tarefas sem a necessidade de mudar de local ou posição”, diz o publicitário, Romilson Ferreira. Segundo ele, há alguns anos, para datilografar um texto, além dos movimentos repetitivos, executava uma série de paradas para retornar o carro da máquina, trocar papel, corrigir erros e arquivar cópias em seus respectivos lugares. Hoje, tudo isso é feito no próprio computador, sem a necessidade de qualquer parada ou mudança de posição.

Para o teólogo, Mário Pizetta, a máquina de escrever ainda tem a sua importância para as pessoas que viveram uma época em que esse meio era de suma importância no âmbito profissional. “Durante muito tempo a máquina de escrever foi sinal de “status” e de classificação social. Hoje, computador representa o momento atual da evolução tecnológica” afirma Pizetta.  Por esse motivo, não ser espante ao ouvir alguém dizer que o seu “computador” é a máquina de escrever.

                                                                    Antonio Gomes