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Alunos e professores amigos no Facebook?


De olho no universo escolar, a empresa de Zuckerberg criou um 'manual de conduta', mas o uso de redes sociais não é unanimidade nas escolas. Por Tory Oliveira. Ilustração: Nina Moraes
Os professores são o novo alvo do Facebook, rede social que, com sete anos de vida, reúne pelo menos 750 milhões de usuários em todo o mundo – no Brasil eram 6 milhões em 2010, data do último dado oficial. De olho no universo escolar, a empresa de Mark Zuckerberg criou uma espécie de “manual de uso”. Gratuito para download, o guia Facebook for Educators (disponível ainda apenas em língua inglesa) traz 18 páginas com orientações e possibilidades de uso em sala de aula elaboradas por dois consultores em educação e tecnologia, Linda Fogg Phillips e Derek Baird, além do psicólogo BJ Fogg. A proposta chega no momento em que as questões ligadas à internet estão em efervescência na escola. Afinal, as redes sociais devem ou não ser usadas para fins educativos?

A polêmica é grande. Inclusive, em países com altíssima difusão das redes sociais, como os Estados Unidos. Para se ter uma ideia do imbróglio, o estado norte-americano do Missouri aprovou uma controversa lei que, em tese, restringe a interação entre professores e alunos em redes sociais. Apelidado de “Ato Amy Hestir de Proteção ao Estudante”, a lei proíbe que professores mantenham conversas on-line não públicas com alunos, como acontece no chat do Facebook ou via Direct Message no Twitter, por exemplo.

No Brasil, o terreno também é arenoso, já que ainda não existe uma legislação específica para a internet. No caso das redes sociais, há um contrassenso. Embora seja comum professores “adicionarem” seus alunos – e vice-versa –, na maioria das escolas Facebook, Orkut ou MSN são programas bloqueados. É possível ignorar que essa comunicação exista e separá-la do ambiente escolar? “Vivemos em uma sociedade em que estar conectado é parte da vida de todas as pessoas.

A aproximação entre alunos e professores nesse contexto é possível e válida, mas é preciso pensar que tipo de relação estabelecer. Afinal, a mediação da relação entre professores e alunos é profissional”, aponta Lilian Starobinas, doutoranda da Faculdade de Educação da USP e pesquisadora da Escola do Futuro. A especialista acredita que as redes sociais podem ser usadas como ferramentas pedagógicas. Além de ajudar os alunos a fazer uso consciente da rede, o professor poderia encontrar maneiras de agregar valor educacional ao uso da rede social, como, por exemplo, a criação de um perfil de personagem histórico no Facebook para interagir com os alunos.

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